Hoje vou colocar a entrevista do multi campeão Pedro Stier. Nesse campeonato o Pedro foi sorteado em várias regatas com o lixo da raia, mas mesmo assim chegou entre os primeiros com seu novo projeto ainda em balsa.
Com a palavra Pedro Stier:
"Comecei a velejar RC em 1985, em Curitiba na classe M, ganhei nesta classe 9 Campeonatos Brasileiros e 4 Sulamericanos. Em 1993 comecei a velejar os 1M ULY, onde venci 6 Campeonatos brasileiros e 4 Sulamericanos.
Na classe RG 65, que é a minha paixão, Venci o Campeonato brasileiro de 2007, e os últimos 4 Sulamericanos.
Hoje tenho 2 classes de veleiros: RG-65 e Classe 1Metro Internacional, sendo respectivamente um Stinger, RG65 projetado e construído por mim, e um Picanto, Classe IOM construído pelo estaleiro Bantock.
Velejei, também, na classe Optimist quando criança, depois passei para o Laser, e Prancha a vela, esta última me deu muita experiencia de como funciona um veleiro.
No Brasileiro usei um protótipo em madeira projetado por mim batizado Stinger, infelizmente não tive tempo hábil de terminar o barco em Fibra, que está saíndo da forma (O primeiro de 6 encomendas) Segunda- Feira e já deve estar pronto para navegar em aproximadamente 15 dias. É o veleiro que vou levar ao mundial na Argentina.
As velas eram do Person Thiessen de Porto Alegre. Os mastros todos em carbono são de minha fabricação.
Eu participei de várias reuniões a respeito da parte técnica da raia que tinha muitos problemas, e finalmente resolvemos fazer lá, por ser um local turistico e com uma estrutura rasoável. Acho que pecamos um pouco pelo aspecto técnico, não tanto pela raia, que estava muito longa no início, mas pelas condições do vento e principalmente pela grande quantidade de enrroscos que acabaram transformando o campeonato numa Loteria.
Em próximos eventos minha opinião é que seja visto em primeiro lugar a parte técnica e depois o resto.
Os próximos passos são: Em Agosto o Mundial de RG 65 na Argentina e em Outubro o Sulamericano de IOM em Florianópolis.
No ano que vem espero conseguir a vaga para o Mundial de IOM na Inglaterra."
Valeu Pedrinho!!!
3 comentários:
Pois é Belluco
A classe IOM aqui no Brasil esta meio que totalmente esquecida. Parece que fica meio restringida a alguns. Tinhamos um campeonato em abril em Niterói que desapareceu. Poucas notícias sobre o assunto mesmo na Associação, alguns parecem que sabem tudo mas a plebe nada sabe. Pelo visto é uma classe que tende a desaparecer. Enquanto a RG 65 é vibrante a IOM está definhando. Fiz um comentário desse tipo com o Célio mas de concreto para mim parece que todos os barcos da classe aqui no Brasil afundaram.
Enquanto na Europa e no resto do mundo a classe cada vez fica mais conhecida e numerosa, aqui no Brasil vamos na contramão.
Eu descobri o veleiro RC controlado quando eu descobri no You Tube umas regatas de IOM, foi em agosto de 2009.
Fiquei vidrado, comecei a procurar tudo sobre na internet, mas tudo era estrangeiro e sobre IOM daí eu ter me iniciado no IOM. Com muito custo e muito tempo depois descobri seu blog e fiquei conhecendo o RG 665. Me apaixonei pelo bicho lá na casa do Ademir Nicaretta quando vi o Little Best dele.
Bem parece que estou fazendo concorrência com os campeões, mas é só um desabafo.
Fred
Campeonissimo Pedro,
Só em ler o seu curriculo já aprendi um bocado.
Concordo plenamente com a sua recomendação de priorizar a parte técnica dos próximos campeonatos. Antes e acima de tudo o esporte em si, com muitas e boas regatas.
Muito boa sorte ao Stinger e a voce no Mundial.
Fred, não acho que estejamos na contramão. A RG65 está crescendo no mundo inteiro. O regulamento técnico é simples, estimula a construção, o barco é barato, facil de transportar e guardar , e as regatas tem sido espetaculares
Belluco, o blog tá bombando!!!
abraço,
Sergio Cunha
Sergio
A RG 65 está crescendo e muito no mundo inteiro e a IOM também.
Eu estou triste é com a IOM não com a RG 65 a RG 65 é exemplo de classe laboriosa.
Eu fico com pena aqui no Brasil é da IOM não ter a vibração da RG 65.
Uma coisa é você ter dificuldades em fazer um campeonato outra é a associação não se comunicar com os praticantes do esporte de forma adequada.
Uma maneira de se aumentar os praticantes do esporte é aumentar a divulgação, mesmo que essa divulgação seja de fato negativo, pois ao sabermos dos fatos reais aumenta a vontade de melhorar, mas quando você não sabe de nada, parece que nada existe.
Não se sabe como vai a classe em Brasília, no Pará etc. Não se tem uma tabela de regatas nestes locais e em outros, tirando umas duas associações que tem uma ou outra regata apontada no informe da associação o resto nada.
Estou tentando criar um grupo aqui no RN. e-mail enviado para os dirigentes da associação nem foram respondidos. Na associação a única pessoa vibrante e parece que viva que eu conheço é o Célio, que sempre me atendeu maravilhosamente.
Mas vai melhorar, com certeza.
Abração
Fred
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